sábado, 23 de julho de 2016

Grey - E. L. James

Sinopse: Na voz de Christian, e através de seus pensamentos, reflexões e sonhos, E L James oferece uma nova perspectiva da história de amor que dominou milhares de leitores ao redor do mundo.
Christian Grey controla tudo e todos a seu redor: seu mundo é organizado, disciplinado e terrivelmente vazio – até o dia em que Anastasia Steele surge em seu escritório, uma armadilha de pernas torneadas e longos cabelos castanhos. Christian tenta esquecê-la, mas em vez disso acaba envolvido num turbilhão de emoções que não compreende e às quais não consegue resistir. Diferentemente de qualquer mulher que ele já conheceu, a tímida e quieta Ana parece enxergar através de Christian – além do empresário extremamente bem-sucedido, de estilo de vida sofisticado, até o homem de coração frio e ferido.
Será que, com Ana, Christian conseguirá dissipar os horrores de sua infância que o assombram todas as noites? Ou seus desejos sexuais obscuros, sua compulsão por controle e a profunda aversão que sente por si mesmo vão afastar a garota e destruir a frágil esperança que ela lhe oferece?

Grey é a nova versão do livro 50 Tons de Cinza, só que agora contada pelos olhos do dominador Christian Grey. Esse livro dividiu muitas opiniões, inclusive a minha. Não sei dizer se foi pelo fato de já terem se passados muitos anos desde que li o primeiro e por isso minha visão mudou ou se esse especificamente aborda determinados assuntos de uma forma que a visão da Anastasia não fez.

A história ainda é a mesma então vou direto aos pontos que mais me chamaram atenção na narrativa. Primeiro é que o Christian é bastante egocêntrico e arrogante, e ele tem plena ciência disso. Muito da sua personalidade vai evoluindo no decorrer do livro, por causa da Ana claro. Vamos percebendo essas mudanças pela forma como ele passa a se comportar com ela, com seus funcionários e até pelos seus pensamentos.

Pelo ponto de vista da Ana não temos ideia do quão grande sãos os problemas do Christian com ele mesmo. E esse foi um ponto positivo na narrativa. Apesar de eu achar que ainda faltaram algumas questões a serem esclarecidas (o que espero que ocorra nas continuações), fica claro que ele também possui uma visão extremamente negativa de si mesmo. O que é irônico já que ele passa boa parte do tempo tentando tornar a Ana alguém mais autoconfiante.

Desde o princípio fica claro que o interesse que ele tem pela Ana é diferenciado e em pequenos sinais, percebe-se que aquele sentimento vai crescendo, mesmo que ele negue ou tente afastá-lo. Seja por medo ou por desconhecer todas essas sensações.

“Conforme recupero o equilíbrio, afasto a estranha onda se emoções que me invade. Não é como a escuridão, mas é algo que devo temer. Algo que não compreendo.”
Pág.: 332, Grey

No começo a relação dos dois me irritou um pouco, pois o lado dominador do Christian é evidente, fazendo com que ele pareça um cara egoísta e que a relação entre os dois seria uma espécie de privilégio para Ana e ele, o grande prêmio. (Sei que provavelmente uma relação dom-sub é assim, mas não consigo me imaginar vivendo uma experiência dessas e nem os motivos pelos quais ela aceita, já que ela não quer ser uma submissa).

— Tudo Bem, e o que eu ganho com isso?
— Eu.”
Pág.: 92, Grey

A escrita da autora continua a mesma, dá a impressão de que ela utiliza de termos sofisticados em determinados momentos para disfarçar algumas frases mais pobres. Como li Cinquenta Tons há algum tempo, não me importei tanto, mas acho que ela pecou em ter reproduzido muitos diálogos. Para alguém que leu em sequência, torna-se um livro maçante e ela poderia ter utilizado melhor esse tempo para explorar mais o lado do Grey.

Não foi um livro ruim, mas também não considerei ótimo. Para quem é fã, é perfeito para matar a saudade e conhecer melhor nosso misterioso protagonista. Quem nunca leu e quer se arriscar, pode ir em frente, ele é tão detalhado com alguns pontos do primeiro livro (até o contrato foi reproduzido aqui) que apenas Grey é o suficiente para que você entenda a história.

Agora, se eu considerei melhor ou pior que 50 Tons de Cinza, honestamente eu não sei dizer. Os dois pontos de vista me cativaram de formas diferentes, mas talvez eu tenha tido um pouco mais de empatia pela Ana por causa de seu jeito sonhador, o que é um grande contraste com o exterior frio do Grey a princípio.

Entre 0 e 5, eu daria uma nota 3. Creio que tinha potencial para muito mais do que o que foi apresentado e espero que melhore em suas futuras continuações


Beijos!!!
Por: Neilly Lucy

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